13:27:28 Quinta, 25 Abril 2024

A partir da segunda metade do século XIX, a Gran Canaria começou a tornar-se popular na Europa como excelente destino para férias de lazer ou de repouso. As companhias de navegação aproveitaram imediatamente essa fama e passaram a equipar os seus navios com cabines para passageiros, ao mesmo tempo que começavam a construir os primeiros hotéis da ilha. Um deles foi o Hotel Santa Catalina (1890), em Las Palmas de Gran Canaria, que é hoje o único estabelecimento dessa época que permanece aberto.

Em 1912, a aprovação da Lei dos Conselhos (“Ley de Cabildos”) em Espanha veio lançar as bases para o desenvolvimento do turismo na ilha, permitindo a aprovação da construção de numerosas infra-estruturas, como o aeroporto, várias albufeiras e a rede de estradas. Durante a primeira metade do século XX, a I Guerra Mundial, a Guerra Civil Espanhola e a II Guerra Mundial impediram o crescimento sustentado da ilha, e nem mesmo a abertura do então chamado Aeroporto de Gando (o primeiro da Gran Canaria) em 1930 conseguiu dar um novo impulso à afluência de visitantes. Foi apenas em 1957, com a chegada de um avião da companhia aérea sueca TSA com todos os lugares ocupados, que o turismo começou realmente a prosperar. Depois desta data, muitos voos charter começaram a aterrar regularmente na ilha.

Depois da expansão na década de 1960, o turismo tornou-se a principal fonte de receitas local e fez da Gran Canaria um dos destinos de férias mais procurados do mundo.

Triana
Puerto Rico
Vida Nocturna

Hoje, o turismo da Gran Canaria vive fundamentalmente das praias, dos desportos aquáticos, da animação nocturna e dos parques de diversões, sobretudo no sul da ilha. É aí que estão concentrados os principais parques aquáticos e temáticos, centros comerciais, discotecas... e as melhores horas de sol. Os turistas que acorrem aos areais e às dunas do sul trouxeram mais riqueza à Gran Canaria do que teria sido possível com as plantações de bananas – o turismo cresceu de menos de uma centena de visitantes por ano no final do século XIX para 11 milhões de visitantes por ano no início do século XXI!

O norte da ilha está mais vocacionado para os visitantes em negócios, possuindo todo o tipo de instalações para a organização de reuniões, seminários e conferências. É também nesta zona que se encontram a cosmopolita cidade de Las Palmas – o centro de negócios da ilha –, e o movimentado Puerto de la Luz, um dos mais importantes da Europa. Contudo, as praias de Las Canteras e Las Alcaravaneras, que flanqueiam a cidade de Las Palmas, são responsáveis por um rendimento estável proveniente do turismo na região nordeste.

Se pretender umas férias afastadas de tudo, a Gran Canaria é o destino perfeito. Não é difícil fugir às zonas de mais movimento quando há mais de 300 km de trilhos para caminhadas ao seu dispor. Por outro lado, o turismo rural tem vindo a conquistar popularidade e foram convenientemente renovadas e equipadas muitas “casas rurales” (casas rurais), incluindo algumas casas situadas em grutas, que lhe garantem o máximo no que respeita ao contacto com a natureza.

Nota:
A Gran Canaria começou a atrair cada vez mais visitantes de nichos de mercado que surgiram nos últimos anos, como os do golfe, do bem-estar e do turismo rural, aumentando a diversidade das atracções deste destino já muito ecléctico e que se tem vindo a revelar como um dos mais bem sucedidos da Europa.

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